segunda-feira, 10 de junho de 2019

A MORTE DA HUMANIDADE

Vivemos dias difíceis, dias onde não se tem mais empatia pelo outro, quando não é levado em consideração a dor do próximo.

A cada dia o homem tem se tornado mais cruel, levado por um egoísmo inexplicável e amparado por uma ganância terrível. Não há limites para as consequências dos nossos atos, simplesmente para alcançar o que desejamos. Para nós e só para nós.

Chegamos a uma realidade que é mais fácil ou mais aceitável, julgar e condenar do que, ouvir e compreender as razões e motivações do envolvido. Colocamos como prioridade aquilo que julgamos ser o padrão para uma sociedade moralmente aceitável. Porém, quem definiu este padrão moral, quem disse ser o único e correto?

Vivemos dias em que não sabemos mais definir o que é santo e profano, quando nossa vontade é colocada em primeiro plano. Não sabemos a quem recorrer, humanamente falando, quando nossos líderes estão corrompidos pelo poder e aceitação das massas. Massas essas usadas como manobra. Não sabemos mais os lugares certos a frequentar, pois muitos estão sendo usados como palco para promoção do ódio e segregação. Palcos tidos por eles como sagrados.

Nos definem ideologicamente, quando defendemos o amor, a partilha e a compreensão; quando queremos apenas cuidar da dor do outro. Nos definem quando sentimos o desprezo, o preconceito e as mortes daqueles que não tiveram voz nesta sociedade.

É difícil. Está cada vez mais difícil!

Somos excluídos quando não nos moldamos aos padrões deles, ou quando queremos apenas ouvir e cuidar dos que são diferentes, daqueles que não têm opções. Talvez não precisem escolher, talvez devam apenas viver o que são!

Mas é difícil!

Em um mundo cada vez mais dividido e sem amor desinteressado, nossa única opção é resistir. Resistir por aqueles e com aqueles que não têm sua voz ouvida pelo poderosos.

Resistir também é amar. Amar é cuidar!

Wilton Lima

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