quinta-feira, 6 de junho de 2019

CRÔNICAS DE UMA INSÔNIA #009

INQUIETAÇÕES DE UM POETA

Os versos mudos se tornaram efêmeros diante deste misto de sentimentos que se fez em mim, ou se tornou apenas um reflexo do silêncio causado por eles.

Há uma batalha diária contra outra realidade, possivelmente criada e não compreendida. Sentimentos semelhantes, com intensidades e entregas similares, porém, com direções contrárias.

Não sei defini-los. Não sei dizer se há necessidade!

Me pergunto quem vai vencer, qual destes sentimentos será o mais forte.

Há uma solução que teimo em não compreender ou mesmo não saber seguir nesta direção. Afinal, o coração grita mais alto e a razão, tem perdido forças nesta briga com a emoção dos sentimentos. Realmente é uma luta injusta e totalmente incompreensível. O que esperar então, de reações externas?

Há soluções vindas de fora ou é uma decisão unicamente do indivíduo detentor destes sentimentos? O silêncio? O grito? Quais reações; quais seriam as decisões? O acaso ou uma escolha?

Indagações é o que nos restam.

Sim, os versos continuam mudos. Teimam em não querer concordar com o coração. Teimam em romper com o padrão.

Ainda não sei escrever este final. Não sei quais são as melhores palavras para isso.

Enquanto isso a única decisão racional e emocional do momento seria o silêncio, incompreendido e às vezes não aceito. Porém continuemos. 

Ainda temos muito caminho a percorrer, muitas decisões a tomar, muitos acasos a serem vividos e tentar, simplesmente tentar compreender.

Wilton Lima

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