Dia 26 de fevereiro de 2020, na cidade de São Paulo, temos o primeiro caso do novo Coronavírus confirmado no Brasil e o primeiro na América Latina.
Dia 16 de março, o Brasil confirma a primeira morte por Covid-19.
Hoje, 28 de junho, segundo consórcio de veículos de imprensa, com última atualização às 13h, o Brasil já tem confirmadas 57.174 mortes e 1.323.069 casos confirmados de Covid-19.
Não são apenas números; são milhares de vidas perdidas, milhares de histórias interrompidas e o que me choca é a frieza que muitos têm em relação a dor daqueles que ficaram e não puderam fazer um enterro digno ou nem mesmo ter uma despedida justa.
Eu vejo homens e mulheres com um sentimento tão ruim que não consigo adjetivar. Pessoas que colocam o dinheiro acima da dor do outro. Pessoas que querem voltar a ter o seu lucro; líderes políticos e religiosos, preocupados apenas com seu bem-estar financeiro, demonstrando descaso com aqueles que perderam e dos que perderão suas vidas e mais, se mostram alheios a dor dos que ficam.
Eu vejo um mundo contaminado com algo mais forte e mortal que a Covid-19. Com um vírus que a cada dia me parece se proliferar rapidamente, às vezes entre aqueles que me pareciam ser incontamináveis, aqueles que deveriam cuidar e abraçar a todos, independentemente de qualquer escolha; independentemente de qualquer coisa. Apenas acolher e abraçar!
Esse vírus eu chamo de ódio. Facilmente camuflado por uma espécie de amor às tradições, ao que alguns julgam ser o correto ou natural. Um sentimento que afasta e mata facilmente.
Nos falta um amor verdadeiro, que cuida e olha para o outro; um olhar sem acusações.
São dias difíceis, não sabemos quando tudo isso vai passar. Porém, vamos confiar e ter fé que dias melhores virão. Vamos nos proteger e mais que isso, vamos cuidar uns dos outros.
Juntos, nós podemos vencer essa batalha; e juntos vamos sair muito mais fortes.
Foco, força e fé!
Wilton Lima
Fonte: G1
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