terça-feira, 10 de março de 2020

VAMOS FALAR DE POLÍTICA?

E de repente o clima na cidade muda.

Todos mudam o direcionamento das conversas em suas calçadas, mesas de bar, na escola, na faculdade e até mesmo em suas igrejas.

Aos poucos, a população se adapta aos discursos, muitas vezes já elaborado ao longo destes 4 anos ou, àqueles que à margem dos que já existem, procuram trazer uma nova perspectiva política, ou tentam apenas fazer ou reforçar seu nome na cidade.

As discussões nas redes sociais têm agora uma importância maior. Muitas vezes com argumentos mal elaborados. Quase sempre com discursos ofensivos, a fim de denegrir a imagem de um possível concorrente e assim, transparecer ser o mais preparado para assumir o cargo almejado. 

Aos poucos, vemos por toda a cidade, amizades sendo desfeitas e famílias sendo destruídas, pela ambição e por aquilo que chamamos de politicagem, o que para muitos é apenas a defesa do seu posicionamento político, o que poderia até ser, porém, não entendo ser a defesa de uma opinião, aquilo que se tenta fazer ser o único, correto e preparado. Único e sem erros. Entretanto, mesmo não havendo, um discurso unânime seria muito perigoso. Então, o interesse pessoal e as trocas de favores têm um protagonismo significativo em meio a esta politicagem.

Alguns discursos, livres de erros e tidos como perfeitos e necessários à cidade, hão de surgir nos próximos meses. Muitos se adequarão a eles, muitos os questionarão. Muitos ainda perderão amizades e as batalhas nas redes sociais hão de se intensificar. 

Eis que os jogos começaram...
Eis que os alvos estão sendo mirados;
As flechas já estão preparadas.
O clima nas ruas ainda mudará. 
Vizinhos se aproximarão, outros se distanciarão. 
Por aqui, tudo pode acontecer, não deveria, mas poderá acontecer!

E então, aproxima-se o momento da decisão. A democracia deverá vencer. Questionar-se-á sua legitimidade, porém seu resultado não será permanente, mas pelo menos deverá ser acolhido, pelo que ganha e pelo que perde. Pelo que ganha, ao saber que estará lá escolhido pela maioria, porém será de todos. Pelo que perde, ao saber entender suas fragilidades e tentar corrigi-las, se ainda tiver forças para isso.

A política local movimento tudo e todos, direta e indiretamente. Do mais ciente ao mais leigo, todos agora passam a fazer parte de um dos momentos mais importantes de Martinópole, o momento em que escolheremos os nossos representantes.

E que o façamos com responsabilidade. 

Wilton Lima

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