domingo, 27 de outubro de 2019

INDO NA DIREÇÃO CONTRÁRIA

Vivemos no tempo em que nos tornamos pessoas descartáveis, e encontrar quem doe atenção, cuidado e amor, é sempre tido como suspeito. 

Estamos no tempo em que nossos políticos legislam em causa própria e encontrar a resistência em alguns não é compreensível, às vezes nem é mesmo aceito. 

Recente, conversando com um amigo sobre os rumos da política e os direcionamentos que a sociedade tem tomado, voltando-se a um conservadorismo extremo, que julga e mata sonhos e que até chega a matar fisicamente por causa das diferenças, é impossível acreditar e querer lutar por dias melhores ou simplesmente por uma mudança ou mesmo lutar pelo direito de ser e viver com as diferenças que por acaso venhamos a ter em relação àqueles que têm o poder sobre o estado. 

Sim, eu ainda acredito em dias melhores e mais justos do que estes que estamos imergidos. 

A mudança verdadeira há de acontecer primeiro por meio daqueles que acreditam e são a resistência. Que dedicam o que têm e o que são, por aqueles que já não tem forças de lutar e acreditar.

É lamentável ver uma parcela considerável da sociedade, formada em sua maioria por religiosos que julgam antes mesmo do Deus que eles dizem servir. Que determinam o que é o certo e errado em uma sociedade plural e de crenças múltiplas, cada uma com sua particularidade, que merece respeito e atenção se necessária. É lamentável ver esse mesmo grupo acreditar em um Messias, que coloca a solução nas armas e na tortura daqueles que não seguem o mesmo rito que ele. 

Estão indo em direções totalmente opostas. Seguindo caminhos já trilhados, caminhos que mataram, torturaram e que para eles, parece ser a solução.

Não dá! 
Eu vou seguir o caminho contrário do deles. Eu vou continuar sendo a resistência, mesmo que para muitos parece ser loucura ou mesmo um ato de rebeldia e talvez seja mesmo. 

Não podemos nos calar e simplesmente aceitar sem antes levantar nosso grito de protesto, sem mostrar que pensamos e que somos diferentes.

À luta, firmes, fortes e unidos!

Wilton Lima

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