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sexta-feira, 20 de setembro de 2019

VAMOS CONVERSAR?

Fui criado no rigor de uma igreja evangélica pentecostal, a qual tenho muita consideração por todo aprendizado e crescimento, mesmo não concordando com muitas de suas ações como instituição religiosa.

Nunca, durante a minha infância ou adolescência ouvi sobre a depressão e suicídio de uma forma clara e humanizada. No máximo eu ouvia que era a falta de Deus e que os que cometiam suicídio já estavam no inferno. Então, este foi o pensamento que esteve fixado por muito tempo em minha mente, até que algumas experiências me fizeram querer pensar diferente ou querer entender os porquês. E hoje, busco apenas abraçar, dá atenção e amor aos que passam por tais situações, de forma direta ou indiretamente.

Vivo em uma cidade que já tive a tristeza de saber da perda de muitos jovens para o suicídio, uns de forma anunciada, outras das mais inesperadas. Ouço também, relatos de pessoas que pensam no suicídio, que acreditam ser a única solução para dá fim a algum tipo de dor ou trauma que lhes cercam de uma solidão e depressão terríveis. Vejo pessoas que se levantam apenas para julgar a dor do outro, mesmo sem as senti-las e vejo essas mesmas pessoas dizer que são servas de Deus, o que Deus que provou seu amor ao enviar o seu ÚNICO filho, Jesus, para morrer por nós, pecadores e injustos e mesmo assim, essas pessoas esquecem da essência da mensagem do Cristo, que é o amor e o perdão.

Não podemos de forma tão abstrata compreender as causas que levam uma pessoa a mergulhar na depressão e até às vezes pensar em tirar sua própria vida. E não devemos ousar dizer que isso é um pretexto para chamar atenção, talvez até queira mesmo atenção, queira ser ouvida, compreendida e acolhida em suas angústias e não ser tratada apenas, como algo descartável.

Então, sejamos mais solidários uns aos outros, amemos mais e julguemos bem menos. 
Pare, ouça, compreenda e ajude quem precisa.
Seja amor todos os dias e compartilhe dele!

Wilton Lima

quarta-feira, 17 de julho de 2019

NÃO EXPLIQUE, APENAS AME!

Posso ser mal interpretado, posso não ser compreendido e até mesmo julgado quando falo sobre o amor. Porém, este é o sentimento que me move e que me mantem de pé e firme nesses dias maus.

Quem me conhece de perto ou apenas acompanha meus textos, nota que em tudo que escrevo, sempre há momentos, mesmo que singelos, em que falo sobre o amor, da importância de amar, de simplesmente amar e apenas amar.

É, porém, um sentimento muito complexo e sem concordâncias gerais. Ainda assim, defendo que é por meio dele que tornaremos este mundo melhor. É por meio e através do amor que romperemos as barreiras e que derrubaremos os muros que nos separam. É o amor que quebra as correntes, que muitas vezes tentam nos prender a padrões estabelecidos por pessoas que se colocam acima da vontade do outro, pessoas que querem escolher como devemos viver e agir.

Em um mundo onde o discurso de ódio e segregação é cada vez mais forte, devemos ser a voz e força daqueles que já não as tem, devido a tantas guerras enfrentadas. Alguns não terão forças para seguir sozinhos, muitos precisarão do nosso amor, cuidado e compreensão em meio ao caminho.

Podemos sim, ter dias em que nos questionamos sobre o amor, eu mesmo me questiono muito, ainda mais durante este misto de sentimentos que se faz. Não questiono sua força e importância; há um questionamento atrelado ao dialogo constantes entre o coração e a razão.

Mas talvez seja isso que é o amor. Nosso questionamento diário sobre este deserto e seus temores, como canta Djavan, mas quando nos jogamos nesse oceano esquecemos um pouco que amar é quase uma dor, pois na verdade no final sempre vale à pena se entregar ao amor.

Questionar!

Deixo este questionamento para nós. Sei que não é fácil e não será. Mas há uma forma correta de amar? Há pessoas certas para amar? Escolhemos ou não a quem amar? Seguimos um padrão para amar ou decidir amar?

É normal nos questionarmos, porém, acredito em uma verdade. Se Deus é o próprio amor, onde este amor existir, Ele se fará presente.

Então, não tenha medo. Apenas ame. Espalhe o amor!

Wilton Lima

segunda-feira, 10 de junho de 2019

A MORTE DA HUMANIDADE

Vivemos dias difíceis, dias onde não se tem mais empatia pelo outro, quando não é levado em consideração a dor do próximo.

A cada dia o homem tem se tornado mais cruel, levado por um egoísmo inexplicável e amparado por uma ganância terrível. Não há limites para as consequências dos nossos atos, simplesmente para alcançar o que desejamos. Para nós e só para nós.

Chegamos a uma realidade que é mais fácil ou mais aceitável, julgar e condenar do que, ouvir e compreender as razões e motivações do envolvido. Colocamos como prioridade aquilo que julgamos ser o padrão para uma sociedade moralmente aceitável. Porém, quem definiu este padrão moral, quem disse ser o único e correto?

Vivemos dias em que não sabemos mais definir o que é santo e profano, quando nossa vontade é colocada em primeiro plano. Não sabemos a quem recorrer, humanamente falando, quando nossos líderes estão corrompidos pelo poder e aceitação das massas. Massas essas usadas como manobra. Não sabemos mais os lugares certos a frequentar, pois muitos estão sendo usados como palco para promoção do ódio e segregação. Palcos tidos por eles como sagrados.

Nos definem ideologicamente, quando defendemos o amor, a partilha e a compreensão; quando queremos apenas cuidar da dor do outro. Nos definem quando sentimos o desprezo, o preconceito e as mortes daqueles que não tiveram voz nesta sociedade.

É difícil. Está cada vez mais difícil!

Somos excluídos quando não nos moldamos aos padrões deles, ou quando queremos apenas ouvir e cuidar dos que são diferentes, daqueles que não têm opções. Talvez não precisem escolher, talvez devam apenas viver o que são!

Mas é difícil!

Em um mundo cada vez mais dividido e sem amor desinteressado, nossa única opção é resistir. Resistir por aqueles e com aqueles que não têm sua voz ouvida pelo poderosos.

Resistir também é amar. Amar é cuidar!

Wilton Lima

quinta-feira, 25 de abril de 2019

QUE SEJA HOJE

Há momentos de dores tão profundas que desistir nos parece ser a solução mais viável e mais fácil ou mesmo, a mais racional!

Porém, não é fácil!

Os passos mais difíceis são aqueles que são dados sozinhos, sem ajuda e companhia de ninguém. E sim, alguns trechos do caminho, precisamos seguir assim. E não se iluda com a multidão de amigos que você julga ter para caminhar. Alguns vão estar perto, porém distantes, se tornarão apenas reflexos de uma realidade.

Em dias que a humanidade ergue muros no seu coração, muros que nos separam e segregam, devemos resistir e ser força para aqueles que já não as tem.

Você que já caminhou esses duros passos dos da solidão, não menospreze as dores dos que te rodeiam, daqueles que clamam por socorro, muitas vezes um grito dado apenas no olhar.

Há momentos que precisaremos entender as lágrimas que eles derramam e que nos parecem insignificantes. Toda lágrima e todo sofrimento, tem uma razão e mesmo assim, nem sempre nos importa ter sua explicação.

Caminhar sozinho, neste mundo perverso, onde tudo é descartável, onde pessoas tornam-se coisas, viram apenas mercadoria, tem sido um desafia diário.

Cuide hoje. Abrace hoje. Vivo o hoje!

Não espere pela perda para querer dá valor, não espere as lágrimas serem derramadas para dá atenção. Não espere reciprocidade para abrir as portas so seu coração.

Cuide e serás cuidado, mesmo não merecendo ou esperando. Ame e apenas ame e conhecerás a força e realidade do verdade amor.

Pare, ouça, compreenda e abrace, hoje!

Wilton Lima

segunda-feira, 22 de abril de 2019

DEVOCIONAL #04

BUSCANDO A PAZ E A SANTIFICAÇÃO
Leitura: Hebreus 12.14

Vivemos em uma geração acelerada e que almeja o sucesso imediato. Ás vezes, não nos preocupamos com as consequências ou com quem poderemos magoar.

Dias em que muitos travam guerras inúteis. 

A defesa por algo que consideramos o correto e a verdade absoluta, torna-se mais importante que o cuidado e atenção ao outro.

Paz, não se tem mais!

O livre de Hebreus, destinado originalmente aos cristãos em Roma ou segundo historiadores aos judeus cristãos, nos fala basicamente de conserto, da busca de uma vida pautada nos padrões estabelecidos no amor de Jesus.

Seguir a paz com todos, torna-se um grande desafio e desafio ainda maior é buscar a santificação, ou seja, ser separado para Deus, viver em seus propósitos, amando e cuidando dos outros. Sem isso, nunca O veremos face a face.

Não é fácil e nunca nos foi dito por Jesus que seria fácil seguir este caminho. Quem diz que é, provavelmente vive um cristianismo fabricado para agradar e satisfazer os desejos humanos.

Que nossa busca diária seja viver em amor com nossos irmãos e levar este amor a todos que nos rodeiam, mesmo aqueles que julgamos não merecer, talvez sejam eles que mais precisem.

Busquemos a paz todos os dias e vivamos no amor de Jesus, amando como ele nos amou.

Wilton Lima

sexta-feira, 19 de abril de 2019

FAÇA O BEM SEMPRE

Muitos, imbuídos pelo sentimento de caridade pertencente a certas datas do ano, como a Páscoa, Natal entre outras, tornam-se pessoas melhores e olham para o outro com mais atenção e um certo cuidado.

Não digo que isso seja negativo, pelo contrário, é louvável toda ação que nos leva a compartilhar do que temos, cuidar e a pensar que existem pessoas perto de nós que precisam de cuidados.

Porém, seria maravilhoso que este sentimento perdurasse por todo o ano, não em datas específicas. Há pessoas e muitas pessoas, que às vezes não precisam só do alimento, mas de atenção e precisam ser ouvidas. E nós, na nossa correria e egoísmo diário não temos dado a real importância para a dor e fragilidade dos que nos rodeiam.

Seria marvilhoso que o sentimento de fazer o bem fosse uma atitude diária e que se tornasse uma cultura pessoal.

Minha oração é para que o amor verdadeiro esteja sempre fervendo em nossos corações. Que a vontade de ajudar e dar a mão ao próximo seja algo rotineiro e prazeroso.

Que Deus possa reger nossos passos e ações.

Deveriam existir mais sextas-feiras santas e muitos mais dias sagrados no ano. O mundo seria bem melhor de se viver.

Pare, ouça, compreenda e ame!

Wilton Lima

quinta-feira, 18 de abril de 2019

MAIS UM DE AMOR


Por falar tanto sobre o amor eu me torno chato! Porém, não me canso de acreditar e dizer que a solução para tudo é amar e amar incondicionalmente. 

Os dias são difíceis e cada vez mais nos tornamos descartáveis. Deixamos pessoas e sentimentos em segundo plano, pela valorização do poder e posição social. 

Eu entendo que escolher amar quem aparentemente não merece nosso amor é uma decisão muito difícil, para alguns até impossível, o que eu não consigo entender são aqueles que se dizem seguidores de Jesus e simplesmente não fazem nada por aqueles que precisam, ou fazem muito pouco.

São milhares de negros mortos todos os dias no Brasil e mulheres que são espancadas, estupradas e mortas a todo instante. Os muitos gays, lésbicas ou qualquer um, que não tenha o padrão desejado por aqueles que se dizem lutar pela família, moral e bons costumes, eles são mortos como se suas vidas não tivessem a mesma importância pra Deus. 

Vivemos dias difíceis. O amor é esquecido e não cuidamos mais uns dos outros, não nos importamos com a dor do outro, não queremos nos envolver, nem mesmo ouvir. 

Que possamos, nós que dizemos ser, amigos de Jesus e seus seguidores, aprender na prática o que ele mesmo nos ensinou, com o seu próprio exemplo. 

Amar como Jesus nos amou. É só através deste amor que seremos reconhecidos como seus discípulos. Caso contrário nada valerá à pena. 

Escolha amar simplesmente por amar. Pare, ouça, compreenda e cuide. 

Seja amor, viva o amor! 


Wilton Lima

terça-feira, 9 de abril de 2019

SINGULARIDADE DA DOR

Vivemos e somos de uma geração depressiva!

A cada dia ouvimos relatos de suicídios, muitos deles de jovens que enfrentaram a dor e solidão de uma depressão. Muitos levados pelo desejo de findar este sofrimento, acabam dando fim as suas vidas.

E nós, o que temos feito? Como reagimos e como nos envolvemos com tais casos?

Eu porém, não posso mensurar a dor do outro. Cada um sabe da sua, sabe seus motivos e vivem suas consequências. As minhas certamente são diferentes das suas. Então porque julgar? Porque queremos dizer os motivos da dor do outro sendo que não somos nós que as sentimos?

Todos nós, independente de sua classe social, da cor de sua pele ou do quanto você é politizado, não importa, todos nós passamos por momentos em que nos sentimos desanimados, às vezes rejeitados e excluídos. Muitos por não terem uma estrutura emocional firme e equilibrada, mergulham numa profunda depressão.

Cuidar!

Precisamos ser amor. Precisamos encarnar o amor e mergulhar como gente que cuida de gente, que ama e abraça a dor do outro, sem acusões fúteis.

Precisamos, além de tudo, entender que não importa como e porque chegaram até uma depressão e como se envolveram com esta dor. Simplesmente não importa no momento.

Apenas ame e cuide!

Já basta a dor da solidão, a angústia da não aceitação, não precisam do seu julgamento. 

Paulo ao escrever aos romanos, ensina àqueles que são mais fortes, a suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a si mesmos (Romanos 15.1). Nem Cristo agradou-se a si próprio, porém, antes levou nossas dores e fraquezas, as suportou e é assim que devemos proceder com os mais fracos, se estivermos mais fortes.

Pare e ouça o outro. Ajude-os nas suas fraquezas e não julgue as suas dores.

Sejamos amor, cuidado e compreensão em um mundo entregue a dor do desprezo e da solidão.

Ame Mais!
Julgue Menos!

Wilton Lima

ATÉ QUANDO?

Assistindo alguns programas na televisão, minutos atrás, não tive como não me encher de um sentimento de incapacidade e impotência diante do fato de não podermos ou de não estarmos condicionados a fazer algo, a reagir. 

Nada fazemos quando alguém desnorteado, bêbado e irresponsável provoca um acidente de carro. É só uma fatalidade, como sempre e corriqueiramente acontece... 

Nada quando rios de dinheiro público (nosso dinheiro tão suado) são desviados para fins não públicos, mas pessoais e o pior, por aqueles que pomos como nossos representantes e a quem concedemos poder. 

Nada quando nossas florestas são invadidas por fazendeiros, madeireiros e garimpeiros, quando o fogo as consome e nossos índios são mortos quando submetidos a vírus do homem, do pobre homem que sob a ganância dos soberbos e ricos rumam uma trajetória triste, muitas vezes escrava e que envergonha nosso país no seio da terra ou em acampamentos rudimentares. 

Nada quando milhares de quilômetros de matas são ameaçados pela necessidade de energia que o Brasil precisa para crescer. Mesmo quando pomos em risco a biodiversidade e povos locais. O que falar de Belo Monte? 

Nada quando alteram as dezenas de PLs de um código florestal que não assegura continuidade à proteção já tão imperceptível. 

Nada, nada fazemos. 

Nada fazemos quando vemos propagandas pouco confiáveis revelando que a Educação deu um salto nos últimos anos e testemunhamos o fracasso e escassez de mão de obra em nossos postos de trabalho; quando os professores são confundidos com salteadores, até por necessidade para ver se alguém olha e diz: “Poxa, eles merecem sim um aumento de salário, merecem respeito!”. Quem vai esquecer dos últimos dias de greve dos professores estaduais do Ceará? Poucos lembrarão ano que vem! 

Nada fazemos quando estamos em algum terminal e mesmo sob o estresse daquela aglomeração das “latas de sardinha” (os ônibus), surge alguma mãe com uma criança pendurada nos peitos moles sugando o que resta de leite. No máximo nos compadecemos e damos poucos centavos, enquanto na TV e mídias em geral, os governos querem criar uma realidade boba de “está tudo bem”. 

Nada fazemos quando vemos a morte nas filas de espera nos hospitais sucateados e de profissionais mal remunerados. 

Nada fazemos até vivenciarmos o caos e descobrimos a triste tônica desta vida: existem aqueles que montam e aqueles que são montados. 

Até que ponto nos deixamos montar? Até qual momento vamos fingir que está tudo calmo? 

Resposta: até o momento em que de fato fomos direta e pessoalmente afetados. 

Temos muito a aprender. Muito a empreender. Mas enquanto não focarmos em sermos melhores humanos, em nada obteremos êxito. Todos os esforços serão nulos.


Ignácio Albuquerque